Esses dias inventei de escrever um soneto - não se preocupem, já percebi que não levo jeito pra coisa - e ai está a minha unica produção...
É feita de fibra? É cheia de vida,
É minha esperança renascida
É a alegria de quem a conhece
Exala delicadeza, respira compaixão.
Deseja liberta-se da rotina
Mas vive cada dia com precisão (horário e obrigação)
Seu futuro é brilhante!
Cautelosa como só ela sabe ser.
Se o passo é demasiadamente grande,
Ela prefere se conter.
Liberte-se de ti, e viva para mim,
Pois eu do meu lado serei seu,
E sendo, feliz estarei.
E tendo-te, completo serei.
O sábio Salomão escreveu uma vez: Não acontece nada de novo debaixo do sol. De fato, nada de novo acontece. Não há sofrimento que seja novo, nem amor que nunca foi vivido. Você e eu somos a repetição da vida de alguém.
quarta-feira, 30 de julho de 2008
domingo, 27 de julho de 2008
Se for pra terminar é melhor que nem comece
Quando estamos apaixonados, sempre vemos o mundo “azul”, tudo parece mais bonito do que realmente é, as coisas parecem mais fáceis. Já percebeu como você começa a tratar as pessoas ao seu redor bem melhor quando se está apaixonado?
Mas é ai que mora o perigo. Essa mesma mascará de perfeição se aplica a pessoa por quem nos apaixonamos, e é então que a vemos como gostaríamos que ela fosse, criamos um estereotipo, algo que nos agrade, percebemos nela só aquilo que nos faz bem, e nos apaixonamos por isso, e nos entregamos a esse ser até então “perfeito”. Quando os defeitos aparecem, insistimos em fingir que não é nada, apenas um mal entendido, que aquilo não tira a perfeição do outro.
Mas um dia a paixão acaba – toda paixão acaba – e o ser “defeituoso” e indesejável aparece, e reclamamos com o outro, sentimo-nos enganados, afinal, onde foi parar tudo aquilo por que me apaixonei? Em lugar algum, ela nunca nem mesmo existiu. Você inventou.
Eu sou um sonhador. E hoje, acordaram-me de um sonho, tomei uma dose de realidade
– realidade é uma coisa aplicada diretamente na mente que produz dor aguda, mas se faz necessário para evitar que uma dor maior possa lhe causar a morte – e vi que estava eu entrando por esse caminho acima descrito.
O que sei sobre a paixão? Nada, apenas que ela um dia acaba.
E como posso eu começar algo sabendo que um dia acabará? Simples, não começo!
Não quero mais entrar em nenhuma relação sustentada apenas por uma paixão, se for pra acabar, melhor que nunca comece.
Eu quero é amor. Abro um espaço aqui para uma observação: amor é bem mais simples do que a maioria das pessoas o pinta – na verdade tudo é mais simples do que a gente sempre retrata – amor é uma decisão, você conhece a pessoa, vê tudo aquilo que sabe que pode amar, qualidades, o jeito de levar a vida... e conhece os defeitos e manias. Se ela ( a pessoa a quem você se propõe a amar) tem as qualidades que você procura, e os defeitos que você pode suportar, então poderá ama-la, basta decidir.
E para concluir. Eu pretendo amar, e conheci todas as qualidades que eu amo em uma pessoa em você, mas, cego pela paixão, me proibi ver seus defeito. Porém, acordei agora para isso, e quero conhecer todos os seus defeitos e saber se posso suportá-los, se posso te ajudar a crescer, se posso ser realmente seu companheiro.
Mostre-se para mim.
Mas é ai que mora o perigo. Essa mesma mascará de perfeição se aplica a pessoa por quem nos apaixonamos, e é então que a vemos como gostaríamos que ela fosse, criamos um estereotipo, algo que nos agrade, percebemos nela só aquilo que nos faz bem, e nos apaixonamos por isso, e nos entregamos a esse ser até então “perfeito”. Quando os defeitos aparecem, insistimos em fingir que não é nada, apenas um mal entendido, que aquilo não tira a perfeição do outro.
Mas um dia a paixão acaba – toda paixão acaba – e o ser “defeituoso” e indesejável aparece, e reclamamos com o outro, sentimo-nos enganados, afinal, onde foi parar tudo aquilo por que me apaixonei? Em lugar algum, ela nunca nem mesmo existiu. Você inventou.
Eu sou um sonhador. E hoje, acordaram-me de um sonho, tomei uma dose de realidade
– realidade é uma coisa aplicada diretamente na mente que produz dor aguda, mas se faz necessário para evitar que uma dor maior possa lhe causar a morte – e vi que estava eu entrando por esse caminho acima descrito.
O que sei sobre a paixão? Nada, apenas que ela um dia acaba.
E como posso eu começar algo sabendo que um dia acabará? Simples, não começo!
Não quero mais entrar em nenhuma relação sustentada apenas por uma paixão, se for pra acabar, melhor que nunca comece.
Eu quero é amor. Abro um espaço aqui para uma observação: amor é bem mais simples do que a maioria das pessoas o pinta – na verdade tudo é mais simples do que a gente sempre retrata – amor é uma decisão, você conhece a pessoa, vê tudo aquilo que sabe que pode amar, qualidades, o jeito de levar a vida... e conhece os defeitos e manias. Se ela ( a pessoa a quem você se propõe a amar) tem as qualidades que você procura, e os defeitos que você pode suportar, então poderá ama-la, basta decidir.
E para concluir. Eu pretendo amar, e conheci todas as qualidades que eu amo em uma pessoa em você, mas, cego pela paixão, me proibi ver seus defeito. Porém, acordei agora para isso, e quero conhecer todos os seus defeitos e saber se posso suportá-los, se posso te ajudar a crescer, se posso ser realmente seu companheiro.
Mostre-se para mim.
sábado, 26 de julho de 2008
Da minha paixão o que sinto
Paixão: sofrimento intenso e prolongado;
Essa é sem duvida a melhor definição desse sentimento.
Existe dentro de mim uma dor que me consome de tal modo a impedir-me ate mesmo de agir, de resistir. Fico inerte diante da situação deslumbrando a minha própria destruição. Destruição essa que eu mesmo causei.
Quer destruir seu inimigo? Faça-o apaixonar-se por você, e o resto é conseqüência. E o resto é dor.
Essa é sem duvida a melhor definição desse sentimento.
Existe dentro de mim uma dor que me consome de tal modo a impedir-me ate mesmo de agir, de resistir. Fico inerte diante da situação deslumbrando a minha própria destruição. Destruição essa que eu mesmo causei.
Quer destruir seu inimigo? Faça-o apaixonar-se por você, e o resto é conseqüência. E o resto é dor.
terça-feira, 22 de julho de 2008
Ser feliz é tão simples
Era uma vez uma garota. Como todas as outras garotas de sua idade, queria apenas ser feliz e viver um grande amor, queria aqueles momentos românicos, mas não pense que ela era tão ingênua assim, ela sabia que o amor não era como em filmes, mas mesmo assim queria viver. Queria apenas ser feliz, mas nunca achava alguém que pudesse lhe dar essa felicidade.
Certo dia essa garota conheceu alguém. Um alguém que a fazia rir, suspirar, um alguém em quem ela pensava todos os dias antes de dormir, e quando acordava - era o garoto que sempre imaginava no espelho enquanto fingia beijar alguém - era sem duvida quem mais a entendia. Era o que ela desejava.
Um dia, esse garoto lhe disse: eu te amo, e quero ficar com você. Era tudo o que ela gostaria de ouvir.
Mas ela não disse nada, apenas foi pra casa, por semanas sofrer. Ela também queria ficar com ele, era tudo o que ela desejava. Mas o pai dela nunca aceitaria, e alem do mais, e se por um acaso não desse certo? Como eles ficariam depois? A amizade vai tão bem. E se der? Será que eles vão se casar? Será que é ele mesmo o homem com quem ela quer passar o resto da vida? E os estudos? Ela tinha tanto ainda a estudar. Então decidiu, não ficaria com ele.
Os dois então saíram juntos certa noite, ela lhe contaria à decisão que tomou, era dura para ela, todo sofrimento e toda a angustia do mundo ela sentia por todo aquele dia e sentia ainda mais naquela noite. Quais palavras escolher para falar sem feri-lo? Como o fazer saber que ela o amava, mas não podiam ficar juntos?
Então ele segurou-a em seus braços, tocou em sua boca com seus lábios, e aquele foi o melhor beijo da vida dos dois.
Eles ficaram juntos. O pai dela de inicio não aceitou. Com o tempo ele mudou de idéia e viu que era um rapaz legal. Eles se casaram e tiveram filhos. Os estudos? Bem, com alguma dificuldade ela conseguiu terminar, mas quem disse que a vida é fácil? O importante é que eles optaram pela felicidade quando tudo era duvida.
Moral da historia: Se você for procurar, encontrará vários motivos para não ser feliz. Mas a felicidade é mais simples do que você imagina.
Certo dia essa garota conheceu alguém. Um alguém que a fazia rir, suspirar, um alguém em quem ela pensava todos os dias antes de dormir, e quando acordava - era o garoto que sempre imaginava no espelho enquanto fingia beijar alguém - era sem duvida quem mais a entendia. Era o que ela desejava.
Um dia, esse garoto lhe disse: eu te amo, e quero ficar com você. Era tudo o que ela gostaria de ouvir.
Mas ela não disse nada, apenas foi pra casa, por semanas sofrer. Ela também queria ficar com ele, era tudo o que ela desejava. Mas o pai dela nunca aceitaria, e alem do mais, e se por um acaso não desse certo? Como eles ficariam depois? A amizade vai tão bem. E se der? Será que eles vão se casar? Será que é ele mesmo o homem com quem ela quer passar o resto da vida? E os estudos? Ela tinha tanto ainda a estudar. Então decidiu, não ficaria com ele.
Os dois então saíram juntos certa noite, ela lhe contaria à decisão que tomou, era dura para ela, todo sofrimento e toda a angustia do mundo ela sentia por todo aquele dia e sentia ainda mais naquela noite. Quais palavras escolher para falar sem feri-lo? Como o fazer saber que ela o amava, mas não podiam ficar juntos?
Então ele segurou-a em seus braços, tocou em sua boca com seus lábios, e aquele foi o melhor beijo da vida dos dois.
Eles ficaram juntos. O pai dela de inicio não aceitou. Com o tempo ele mudou de idéia e viu que era um rapaz legal. Eles se casaram e tiveram filhos. Os estudos? Bem, com alguma dificuldade ela conseguiu terminar, mas quem disse que a vida é fácil? O importante é que eles optaram pela felicidade quando tudo era duvida.
Moral da historia: Se você for procurar, encontrará vários motivos para não ser feliz. Mas a felicidade é mais simples do que você imagina.
segunda-feira, 21 de julho de 2008
Certezas
Nunca tinha visto esse texto antes, mas é como se fosse eu quem o escreveu de tão semelhante aos meus pensamentos e desejos.
"Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me
abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de
mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber
que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando
a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao
meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e
poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim
quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem
humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro
dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras
pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo
de verde e entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de
me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais
pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que
a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a
pena!!!"
Mário Quintana
"Não quero alguém que morra de amor por mim...
Só preciso de alguém que viva por mim, que queira estar junto de mim, me
abraçando.
Não exijo que esse alguém me ame como eu o amo,
quero apenas que me ame, não me importando com que intensidade.
Não tenho a pretensão de que todas as pessoas que gosto, gostem de
mim...
Nem que eu faça a falta que elas me fazem, o importante pra mim é saber
que eu, em algum momento, fui insubstituível...
E que esse momento será inesquecível..
Só quero que meu sentimento seja valorizado.
Quero sempre poder ter um sorriso estampando em meu rosto, mesmo quando
a situação não for muito alegre...
E que esse meu sorriso consiga transmitir paz para os que estiverem ao
meu redor.
Quero poder fechar meus olhos e imaginar alguém...e
poder ter a absoluta certeza de que esse alguém também pensa em mim
quando fecha os olhos, que faço falta quando não estou por perto.
Queria ter a certeza de que apesar de minhas renúncias e loucuras,
alguém me valoriza pelo que sou, não pelo que tenho...
Que me veja como um ser humano completo, que abusa demais dos bons
sentimentos que a vida lhe proporciona, que dê valor ao que realmente
importa, que é meu sentimento...e não brinque com ele.
E que esse alguém me peça para que eu nunca mude, para que eu nunca
cresça, para que eu seja sempre eu mesmo.
Não quero brigar com o mundo, mas se um dia isso acontecer, quero ter
forças suficientes para mostrar a ele que o amor existe...
Que ele é superior ao ódio e ao rancor, e que não existe vitória sem
humildade e paz.
Quero poder acreditar que mesmo se hoje eu fracassar, amanhã será outro
dia, e se eu não desistir dos meus sonhos e propósitos,
talvez obterei êxito e serei plenamente feliz.
Que eu nunca deixe minha esperança ser abalada por palavras
pessimistas...
Que a esperança nunca me pareça um "não" que a gente teima em maquiá-lo
de verde e entendê-lo como "sim".
Quero poder ter a liberdade de dizer o que sinto a uma pessoa, de poder
dizer a alguém o quanto ele é especial e importante pra mim, sem ter de
me preocupar com terceiros... Sem correr o risco de ferir uma ou mais
pessoas com esse sentimento.
Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão...
Que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades a às pessoas, que
a vida é bela sim, e que eu sempre dei o melhor de mim...e que valeu a
pena!!!"
Mário Quintana
domingo, 20 de julho de 2008
O que somos, o que parecemos ser.
Era uma vez um escrito. Não que ele fosse realmente escritor, mas gostava de ser chamado assim. Nunca havia publicado nada, era um desconhecido. Mas desejava ser famoso pelos seus escritos. Ele gostaria que as pessoas procurassem a sua opinião. Mas ele não era bom, ou pelo menos era isso o que achava.
Certa vez esse homem viajou o mundo atrás de um grande mestre, autor de vários best-sellers. O "Falso-Escritor" queria aprender com o "Mestre Escritor" toda a arte da escrita.
Quando lhe foi perguntado o que era necessário pra ser um bom escritor, o Mestre respondeu: O necessário é apenas escrever sobre aquilo que você realmente conhece, as suas linhas devem conter toda a sinceridade do mundo. Escreva sobre o que lhe é mais intimo.
O falso-escritor ficou insatisfeito com a resposta, mas foram as únicas palavras do Mestre. Então, mais vazio do que antes, e sentindo-se fracassado, ele volta para casa. E lamentou mais uma derrota. Deitado na mesma cama que deitava todas as vezes que se sentia assim, relembrou quantas vezes seus desejos foram frustrados, e como a vida tem lhe sido injusta. E então o insight. Era isso. Era o que o Mestre lhe ensinou. Escrever sobre o que lhe era mais intimo. E por toda aquela noite e nas noites que seguiram ele escreveu. E realmente, o Mestre tinha razão, ele escrevia como nunca, as palavras surgiam em sua mente com tanta fluidez, atropelava-se na velocidade de seus pensamentos. E finalmente ele tinha o seu primeiro livro. Enviou então a varias editoras e ficou no aguardo da resposta.
Depois de dias sem resposta ele liga para uma das editoras. A resposta é um doloroso não, e ele obteve a mesma resposta de todas as outras editoras, todas lhes diziam que não havia o interesse de publicar tamanha tristeza e angustia, ninguém iria querer ler os seus fracassos. Eles tinham razão.
Furioso, ele voltou até o Mestre. De forma grosseira começou a insulta-lo e critica-lo.
O mestre de forma bem calma lhe disse: Você me perguntou como ser um bom escritor, eu lhe ensinei. Você escreveu sobre o que sabia, disse algo de verdadeiro, conseguiu se expressar, compreender um assunto, isso é ser um bom escritor. Mas você nunca me perguntou como ganhar dinheiro escrevendo. Essa é uma outra lição. Se você quer mesmo ganhar dinheiro com as palavras, escreva o que as pessoas querem ouvir, fale para elas como vencer -mesmo se você não souber como elas podem fazer isso- elas só querem imaginar que podem.. Conte-lhes os amores que elas gostariam de viver, e isso lhe fará um escritor muito bem pago, mas vazio de seu próprio ser. Alguém que não escreve do coração.
Assim também é a nossa vida. Podemos viver sinceramente, aceitando nossos defeitos e limites, não sendo a todo tempo a pessoa mais agradável do mundo, mas tendo o beneficio de se viver bem consigo mesmo. Ou podemos ser vazios de nós mesmos, aceitando fingir ser outra pessoa, ter outros costumes, apenas para agradar aqueles que queremos próximos.
O quê você vai ser?
Certa vez esse homem viajou o mundo atrás de um grande mestre, autor de vários best-sellers. O "Falso-Escritor" queria aprender com o "Mestre Escritor" toda a arte da escrita.
Quando lhe foi perguntado o que era necessário pra ser um bom escritor, o Mestre respondeu: O necessário é apenas escrever sobre aquilo que você realmente conhece, as suas linhas devem conter toda a sinceridade do mundo. Escreva sobre o que lhe é mais intimo.
O falso-escritor ficou insatisfeito com a resposta, mas foram as únicas palavras do Mestre. Então, mais vazio do que antes, e sentindo-se fracassado, ele volta para casa. E lamentou mais uma derrota. Deitado na mesma cama que deitava todas as vezes que se sentia assim, relembrou quantas vezes seus desejos foram frustrados, e como a vida tem lhe sido injusta. E então o insight. Era isso. Era o que o Mestre lhe ensinou. Escrever sobre o que lhe era mais intimo. E por toda aquela noite e nas noites que seguiram ele escreveu. E realmente, o Mestre tinha razão, ele escrevia como nunca, as palavras surgiam em sua mente com tanta fluidez, atropelava-se na velocidade de seus pensamentos. E finalmente ele tinha o seu primeiro livro. Enviou então a varias editoras e ficou no aguardo da resposta.
Depois de dias sem resposta ele liga para uma das editoras. A resposta é um doloroso não, e ele obteve a mesma resposta de todas as outras editoras, todas lhes diziam que não havia o interesse de publicar tamanha tristeza e angustia, ninguém iria querer ler os seus fracassos. Eles tinham razão.
Furioso, ele voltou até o Mestre. De forma grosseira começou a insulta-lo e critica-lo.
O mestre de forma bem calma lhe disse: Você me perguntou como ser um bom escritor, eu lhe ensinei. Você escreveu sobre o que sabia, disse algo de verdadeiro, conseguiu se expressar, compreender um assunto, isso é ser um bom escritor. Mas você nunca me perguntou como ganhar dinheiro escrevendo. Essa é uma outra lição. Se você quer mesmo ganhar dinheiro com as palavras, escreva o que as pessoas querem ouvir, fale para elas como vencer -mesmo se você não souber como elas podem fazer isso- elas só querem imaginar que podem.. Conte-lhes os amores que elas gostariam de viver, e isso lhe fará um escritor muito bem pago, mas vazio de seu próprio ser. Alguém que não escreve do coração.
Assim também é a nossa vida. Podemos viver sinceramente, aceitando nossos defeitos e limites, não sendo a todo tempo a pessoa mais agradável do mundo, mas tendo o beneficio de se viver bem consigo mesmo. Ou podemos ser vazios de nós mesmos, aceitando fingir ser outra pessoa, ter outros costumes, apenas para agradar aqueles que queremos próximos.
O quê você vai ser?
sábado, 19 de julho de 2008
e no final, o que vale debaixo do sol?
Enquanto o caixão era empurrado para dentro do mausoléu ele produzia um som, era mórbido, estridente. Eu ouvia o som e olhava os semblantes dos ali presentes. Não haviam lágrimas. não haviam expressões triste. Apenas espectadores do show da vida fascinados ( ou nem tanto) com o desfecho de mais um espetáculo.
Pensei em como era triste aquela cena. Não pelos choro ou sofrimento, e sim pela falta deles. Alguém estava sendo enterrado ali, e as pessoas não agiam como quem vê uma historia sendo enterrada, não vêem um pai que não dará mais conselhos, um amigo. Elas não vêem nada.
Eu vi uma velhinha encostada no tumulo. Ela chorava. Era a única que chorava. Via ali um marido sendo enterrado, uma vida, confiança, companheirismo...Amor. Tudo isso sendo enterrado.
Eu vi também meu pai precisando tomar decisões ( era o pai dele sendo enterrado) mas ele não é bom com essas situações, talvez porque nunca enterrou um pai, ou por não ser bom com isso mesmo. Ele precisava de ajuda, alguém em quem pudesse confiar, que tomaria a decisão certa. Precisava de uma companheira. Ele olhou por todos os lados até achar minha mãe. Estavam vários amigos do seu lado, até os seus irmãos. Mas ele procurou a minha mãe, sua companheira.
Diante daquela morte, eu pensava na vida, aquele que partia e aquele que ficava tinham algo em comum, independente do que as outras pessoas pensassem sobre eles, mesmo que fossem vistos ou lembrados como pessoas ruins, eram o que aquelas mulheres tinham de mais importante. Mesmo que para os presentes, o homem sendo enterrado não significasse nada, para ela, a velhinha que chorava ao lado do tumulo, ele era tudo.
E eu entendi porque a minha solidão. Percebi que me faltava esse algo importante. Desejei poder abraçar alguém naquela hora, alguém que me faria sentir completo.
Pensei em como era triste aquela cena. Não pelos choro ou sofrimento, e sim pela falta deles. Alguém estava sendo enterrado ali, e as pessoas não agiam como quem vê uma historia sendo enterrada, não vêem um pai que não dará mais conselhos, um amigo. Elas não vêem nada.
Eu vi uma velhinha encostada no tumulo. Ela chorava. Era a única que chorava. Via ali um marido sendo enterrado, uma vida, confiança, companheirismo...Amor. Tudo isso sendo enterrado.
Eu vi também meu pai precisando tomar decisões ( era o pai dele sendo enterrado) mas ele não é bom com essas situações, talvez porque nunca enterrou um pai, ou por não ser bom com isso mesmo. Ele precisava de ajuda, alguém em quem pudesse confiar, que tomaria a decisão certa. Precisava de uma companheira. Ele olhou por todos os lados até achar minha mãe. Estavam vários amigos do seu lado, até os seus irmãos. Mas ele procurou a minha mãe, sua companheira.
Diante daquela morte, eu pensava na vida, aquele que partia e aquele que ficava tinham algo em comum, independente do que as outras pessoas pensassem sobre eles, mesmo que fossem vistos ou lembrados como pessoas ruins, eram o que aquelas mulheres tinham de mais importante. Mesmo que para os presentes, o homem sendo enterrado não significasse nada, para ela, a velhinha que chorava ao lado do tumulo, ele era tudo.
E eu entendi porque a minha solidão. Percebi que me faltava esse algo importante. Desejei poder abraçar alguém naquela hora, alguém que me faria sentir completo.
sexta-feira, 18 de julho de 2008
só mais um adeus debaixo do sol
Quando o meu celular tocou, eu já estava descendo a rua, num ritmo não muito acelerado, ouvia a musica que se cantava na igreja próxima, era uma musica lenta, não lembro a letra, mas dizia algo triste.
- Alô!
Era Sabrina, a amiga com quem eu havia combinado de encontrar, eu estava atrasado, e ela me ligou para perguntar se eu não iria. Perguntou em um tom não muito contente.
Depois de ouvir algumas coisas sobre como sou tratante e como costumo fazer isso eu responde que já estava próximo do lugar combinado, e realmente estava.
Quando cheguei, ela então me deu o abraço de praxe, fez a cara de brava e me perguntou porque eu havia me atrasado tanto
- Meu avô acabou de morrer! – de súbito ela mudou a expressão – acabei de saber, meu pai e minha mãe estão indo pra lá agora.
Ela não sabia o que me dizer, por alguma razão ela achava que precisava me dizer algo, uma palavra de ânimo ou algo do tipo.
Foi então que me veio a mente: Por que as pessoas sempre tem modelos de como se deve agir em determinadas situações? Por que não podemos apenas ser sinceros, porque ela deveria me dizer algo além do que ela sentia? Meu avô acabara de morrer, e eu estava no meio da avenida conversando com uma amiga sobre coisas da vida, sim estava, e por que não deveria? Acaso eu deveria estar com meus pais junto ao corpo desfalecido? Optei por ser sincero com o que sentia, e no momento não era chorar ou parecer triste com a noticia. Não pense que sou frio, apenas não me sentia triste o suficiente para derramar lágrimas, mas eu estava triste.
A morte do meu avô era uma morte anunciada, há mais de duas semanas sabíamos que não restavam esperanças para ele, a morte já lhe era certa, bem mais que nos outros dias de sua vida. Na verdade ele não sabia que já estava desenganado por um médico, mas seus instintos tinham lhe revelado, por que, ele já havia desistido de viver. Não o julgo, talvez esse seja um sentimento bem comum quando se tem 95 anos, os dois pulmões comprometidos pelo vicio do cigarro, uma infecção intestinal e falta de oxigenação no cérebro. O fato é que para ele a vida já não era mais interessante, e esse sentimento estava bem visível, todos os filhos e parentes já estavam comovidos com a situação- deve ser muito ruim querer viver quando se está próximo da morte, mas deve ser bem pior querer morrer e não conseguir – todos nós já esperávamos o dia, o telefonema ou a cena da morte dele, e finalmente o dia chegou.
Talvez por ele desejar tanto a morte é que não estamos tão tristes, afinal, ele conseguiu o que queria.
- Alô!
Era Sabrina, a amiga com quem eu havia combinado de encontrar, eu estava atrasado, e ela me ligou para perguntar se eu não iria. Perguntou em um tom não muito contente.
Depois de ouvir algumas coisas sobre como sou tratante e como costumo fazer isso eu responde que já estava próximo do lugar combinado, e realmente estava.
Quando cheguei, ela então me deu o abraço de praxe, fez a cara de brava e me perguntou porque eu havia me atrasado tanto
- Meu avô acabou de morrer! – de súbito ela mudou a expressão – acabei de saber, meu pai e minha mãe estão indo pra lá agora.
Ela não sabia o que me dizer, por alguma razão ela achava que precisava me dizer algo, uma palavra de ânimo ou algo do tipo.
Foi então que me veio a mente: Por que as pessoas sempre tem modelos de como se deve agir em determinadas situações? Por que não podemos apenas ser sinceros, porque ela deveria me dizer algo além do que ela sentia? Meu avô acabara de morrer, e eu estava no meio da avenida conversando com uma amiga sobre coisas da vida, sim estava, e por que não deveria? Acaso eu deveria estar com meus pais junto ao corpo desfalecido? Optei por ser sincero com o que sentia, e no momento não era chorar ou parecer triste com a noticia. Não pense que sou frio, apenas não me sentia triste o suficiente para derramar lágrimas, mas eu estava triste.
A morte do meu avô era uma morte anunciada, há mais de duas semanas sabíamos que não restavam esperanças para ele, a morte já lhe era certa, bem mais que nos outros dias de sua vida. Na verdade ele não sabia que já estava desenganado por um médico, mas seus instintos tinham lhe revelado, por que, ele já havia desistido de viver. Não o julgo, talvez esse seja um sentimento bem comum quando se tem 95 anos, os dois pulmões comprometidos pelo vicio do cigarro, uma infecção intestinal e falta de oxigenação no cérebro. O fato é que para ele a vida já não era mais interessante, e esse sentimento estava bem visível, todos os filhos e parentes já estavam comovidos com a situação- deve ser muito ruim querer viver quando se está próximo da morte, mas deve ser bem pior querer morrer e não conseguir – todos nós já esperávamos o dia, o telefonema ou a cena da morte dele, e finalmente o dia chegou.
Talvez por ele desejar tanto a morte é que não estamos tão tristes, afinal, ele conseguiu o que queria.
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